PERDOAR UMA TRAIÇÃO


Eu admiro o tipo de mulher que descobre que foi traída e termina com firmeza um relacionamento. A maioria das mulheres não faz isso. Elas amedrontam, até terminam, mas acabam cedendo aos milhões de perdões. Mas a maior verdade, é que mesmo que você tente, ali no momento que você descobriu que foi traída a coisa foi pro brejo.

Talvez por amar demais aquele homem, talvez por querer salvar um relacionamento, ou por outros N fatores, a gente até tenta que a coisa dê certo, que a relação engrene, então faz uma forcinha e vai lá dar uns empurrões pra relação pegar o embalo e seguir como estava. No entanto, o fardo é tão pesado que uma hora dá dor nas costas de ficar empurrando principalmente uma coisa, que a gente não teve a mínima culpa de ter parado.

Mesmo que a gente tente perdoar uma traição, ela vai estar ali latejando na nossa cabeça, ao acordar, na hora do almoço, na hora de escutar uma música, na hora de ir a uma festa e de vez em quando até na hora de dormir (os sonhos não perdoam a gente). Com o tempo ela tira algumas férias, mas de vez em quando aparece para refrescar a nossa memória.

É nojento saber que duas pessoas se beijaram, transaram, trocaram carinhos friamente sem nem lembrar que você existia. Tem que ser forte pra deitar do lado do homem que te deu uma punhalada nas costas e dizer eu te amo e te perdoo. Tem que ter sangue de barata pra olhar a mulher que estava com ele sem desejar dar uns bofetões até ela rolar no chão.

Querer perdoar é a nossa boa vontade, conseguir perdoar depende do nosso instinto, depende do nosso cérebro, do nosso coração, da nossa alma.

Perdoar muitos querem, mas conseguir... Ahhhh, conseguir é coisa rara!

Nega Karen

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