VAMOS FALAR DE AMOR?


Eu te convido a refletir comigo sobre o amor e sobre a forma com que ele se propaga. Por Viviane Battistela.

Dia desses, conversando com uma amiga, ouvi a seguinte frase: “Falta amor no discurso dele, Vivi!”
Aquilo ficou martelando na minha mente, ela conseguiu definir algo que eu já enxergava: gente que sofre de falta de amor. Falta amor nas palavras, nos olhos, nos gestos... Muitos já devem ter visto um chavão que está bem na moda: MAIS AMOR, POR FAVOR! E pensando sempre nessa divina missão de colocar seres humanos melhores no mundo, te convido a refletir comigo sobre o amor e sobre a forma com que ele se propaga. Quantas vezes você já parou para pensar e analisar o quanto de amor existe nas quase vinte mil palavras que você fala por dia?
Desde que acordamos, somos pensamentos e palavras, que irradiam energia por toda nossa volta e que, podem ser uma bela arma de proliferação de amor (ou de outros sentimentos não tão bons). Vamos fazer um teste. Muitas vezes impregnamos nossa vida e os ouvidos de nossos filhos com palavras negativas, pensamentos catastróficos e ideias ameaçadoras. Veja alguns exemplos:
-Isso é feio!
-A moça vai ficar brava!
-O doutor vai te dar injeção se você não parar.
-Se seu amigo bater, bata nele também!
-Eu vou contar para o seu pai.
-Se você agir assim, ninguém vai gostar de você.
Isso sem contar as tantas conversas que nossos filhos ouvem – e absorvem. Já se perguntou o que seu filho te ouve falar? Que opiniões ele assiste você emitindo sobre algo ou alguém? Falta amor no discurso do outro - e no nosso também! Temos como dizer a mesma coisa de formas diferentes. Ao ensinarmos nossos filhos a ter amor e compaixão por tudo e todos a sua volta, nos mostramos modelos de conduta a ser reproduzida por eles. Nossos filhos são criados com exemplos, eles são com esponjas a absorver tudo, inclusive o amor. Como sempre digo ninguém dá o que não tem, se você não tiver amor, não poderá amar, então o busque dentro de si. Não basta amar seu filho, até porque, com o perdão da palavra, amar um filho é a coisa mais fácil do mundo, é como respirar, o fazemos, sem pensar. Porém, se apesar disso, agirmos com pouco amor ao resto do mundo, de nada vai adiantar.
É preciso amor e compaixão também com o resto da família, com os amigos, companheiros de trabalho, quem está a nossa volta, com quem nos presta um serviço, com quem é diferente da gente, com quem não depende de nós e de quem não dependemos. Aquele papo de “amar ao próximo como a si mesmo” é sério e bem importante. O amor é a cura de todos os males. Uma sociedade mais digna, mais segura e mais feliz se faz, acima de tudo, com amor.
Dicas simples para ensinar nossas crianças a amar: -Ensine o amor aos animais. Permita que seu filho tenha um bichinho de estimação -Mostre respeito e compaixão por quem está trabalhando, por exemplo: mostre aos pequenos a gratidão que deve ter aos coletores de lixo, detalhando como é o trabalho deles e para que serve. Isso vale para todos que trabalham para o nosso bem estar.
-Ensine-o a dizer sempre “muito obrigado”, faça isso dizendo, aos outros e a ele próprio.
-Jamais critique alguém diante do seu filho, procure explicar apenas que aquela pessoa pensa e age de forma diferente, exercendo o direito dela. Isso vale para assuntos como política, religião, futebol e tantos outros.
-Diga sempre que o ama e demonstre seu amor por outras pessoas do convívio da família, tais como pais, avós, etc.
-Seja sempre otimista: evite reclamar, blasfemar e xingar.
-Caso não esteja bem, diga que é só um mal estar, ou uma preocupação, e que vai passar. As crianças tendem a criar fantasias de culpas que não têm. Tranquilize-a de que nada tem a ver com ela, e que todas as tristezas passam (porque passam mesmo...).
-Quando tiver que impor limites, faça-o com firmeza, explique a situação com clareza e após a punição, demonstre seu amor, isso cria seres humanos mais seguros.
-Ame, ame incondicionalmente! É nítida a diferença no olhar das pessoas que se permitem amar!

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